sábado, 2 de março de 2013

A emigração

Nunca esteve tão perto de mim esta realidade. Vou-me embora. Não queria ir, mas vou. E custa.



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Há o filme mala de cartão

e nos dias do hoje podemos falar de mala de porão, em que só podemos colocar 20 kg da nossa vida numa mala e partir para começar de novo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Este ano vai ser diferente.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2012

Estive os doze meses desempregada.
Foram meses bons e maus. Fomos a Londres. Fomos a espectáculos. Conhecemos uma cidade portuguesa (Guimarães) Conhecemos uma cidade estrangeira (Londres). A I. esteve poucas vezes doente. Aprendi norueguês. Estive 15 dias num emprego que detestei e vim-me embora. Fiquei mais doente do que o que estava. Cantei os parabéns, comi bolos de aniversário. Bebi copos de vinho e outros ficaram por beber. A I. começou a escola e foi para a piscina. Adorou a escola e a piscina, está cada vez mais independente. Partilhamos refeições com amigos. Não fui ao cinema quantas vezes queria. Fui a uma manifestação. Indignei-me. Estive indiferente. Tomei medicamentos. Deixei de os tomar. Contactamos com uma doença. Ficamos desiludidos e crescemos. Choramos com amigos e por amigos. Fui a funerais. Vejo o Querida Júlia de manhã e gosto. Descobri que estava grávida. Conheci-me. Chorei. Ri. Detestei algumas pessoas. Aproximei-me doutras. Aprendi que nem toda a gente tem inteligência emocional. Aprendi que os amigos também vão embora se não formos como eles. Aprendi a deixar de me preocupar com o que os outros pensam.
Que venha o novo ano e que seja melhor que este.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Das minhas últimas vergonhas, uma delas foi ter ido a um posto de abastecimento de combustível e não conseguir meter gasolina porque não conseguia abrir a porra da tampa. Para vergonha maior ainda pedi ajuda a um homenzinho que abastecia a chamada "carrinha dos trolhas" e que eu deduzi que me soubesse abrir a tampa. Não.
"Obrigadinha senhor! Sabe, não costumo andar neste carro e nunca pus gasolina." Deve ter soado a novo riquismo, mas foi o que me saiu...Resumindo, saí do posto sem abastecer. Loira...
Ah! Existe uma patilha ao lado do assento do condutor, que abre a famigerada tampa. Who figures?!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Na saúde e na doença

Ainda relativamente ao dia merdoso de ontem. E vou falar no plural porque um dia para ser considerado merdoso não me envolve só a mim, quando algo me corre mal é apenas um dia péssimo. Um dia para ser merdoso tem que ser péssimo para mim e para o marido e envolver problemas de saúde. Foi esse o caso, logo foi um dia merdoso. Tenho que rever estes escalões...
Ouvir da boca do clínico o que temos é difícil porque andamos meses a ignorar. Aceitar o que temos ainda é mais difícil. Não tenho palavras, faltam-me palavras e neurónios para conseguir expressar o que sinto e o que penso. Não quero dramatizar, não é um caso de vida ou morte, mas são problemas. Estamos tristes.
Até daqui a uns tempos...

15 de setembro

Quem me conhece bem sabe que não sou moça dada a manifestações. Não sou, pronto. Sou uma filha de abril, não sei o que é uma ditadura, mas a minha mãe sabe. Não sei o que é ver amigos, namorado cunhados, irem para a guerra, mas a minha mãe sabe. Não sei muitas coisas que a minha mãe sabe.
No dia 15 estive na manifestação no Porto. Estivemos os três. Já não se aguenta! Não há eleições à vista para o povo ir às urnas manifestar a sua opinião. Há a rua e as eleições mais participativas foram estas, no dia 15 de setembro.
Neste momento, eu que nunca faltei a uma mesa de voto, irei votar na rua e é na rua que mostro o que não quero!



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Se há dias merdosos

Hoje foi um deles!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Eu sei que o meu marido me ama

porque ele não se foi embora quando me viu a cortar as unhas dos pés com uma tesoura, que mais parecia daquelas de cortar sebes. Se ele não foi embora nessa altura, não deve ir mais.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Na praia

fazia muitas covas. Adorava fazer covas. Fazia uma ao lado da outra e depois fazia uma ponte. Fazia covas pequenas, com conchinhas à volta, fazia covas grandes e metia-me lá dentro conseguindo que não desmoronassem. Eram autênticas obras de engenharia. Adorava fazer covas. Agora faço covas com a I. e pergunto-me se essa minha experiência não me daria uma qualquer equivalência...

terça-feira, 31 de julho de 2012

E fui ao cinema...

Estava curiosa por ver a prestação de Kirsten Stewart, que só conheço como "Bella" em "Twilight. Foi uma Kirsten igual a si própria com expressões tão iguais a Bella. Esperava acção, mas não esperava tanta, esperava maior riqueza de diálogos e romantismo, aí desiludiu. É um filme bom para quem gosta de efeitos especiais que acabam por ofuscar a interpretação.
Gostei da linda Charlize, num papel de rainha má, que lhe assentava como uma luva. É uma actriz para todos os papéis.
Chris Hemsworth fez o papel de caçador que lhe coube muito bem.
Definitivamente não saí com a sensação que gostei muito...

domingo, 22 de julho de 2012

E chega uma altura

em que nada importa. Só existe o hoje.

...

sábado, 14 de julho de 2012

GCB

O que eu gosto disto! E não me interessa, mas sou a favor da compra livre de armas, porque o Texas é em todo lado.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Hoje estamos muito tristes.

Mãe

"Mother is the name of God in the mouth of children"
The Crow


sábado, 7 de julho de 2012

Uma semana

em que se descobriu que o ministro dos assuntos parlamentares Miguel Relvas tirou a licenciatura num ano, na Lusófona e em que o tribunal Constitucional considerou ilegal o não pagamento dos subsídios aos funcionários públicos. O governo, no qual votei é uma vergonha. Estou envergonhadíssima com o meu país, com quem nos governa, estou desanimada com a falta de esperança com os interesses instalados, com os sacrifícios que são mais que muitos. Este post é para ler sempre que houver eleições, para não me esquecer de ir votar em branco.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

segunda-feira, 2 de julho de 2012

De modos

que eu própria também sou uma pessoa de pouca, para não dizer poucochinha paciência para as minhas próprias neuroses, fará as dos outros.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

"...Sem ser ainda mulher, eu já ferira dois homens com a minha própria mão e causara a morte de bons guerreiros, incluindo o meu irmão e o meu guarda pessoal. Por isso tratei de ir à procura de um meio de garantir a minha própria segurança."
 King, Susan Fraser, Lady Macbeth

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Resumindo

Hoje é dia de rescaldo e o povo está triste que só visto... ficamos em quarto no euro e de quartos não reza a história. É pena, foi triste, é uma mágoa muito grande no peito do nosso povo, que como sabemos precisa do futebol como ar para respirar. Agora voltamos à triste realidade, que custa tanto a encarar, voltamos a focarmos na palavra austeridade, crise and soi on and soi on.

Infelizmente acho que já não há muito a salvar...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Agora a sério


Este é um dos programas da TLC que me deixa literalmente de boca aberta: "Sister Wives".
Esta é a história da família Brown, que nada tem de extraordinário tirando o facto do homem (quarto a contar da esquerda) ter quatro mulheres! Ah pois! Não se brinca! Daí já vai para 16 filhos e mais os que virão. Estas histórias existem, são muito lindas, são justificadas através da religião, fé e sei lá que mais, mas no meio de tudo elas têm ciúmes umas das outras e sentem-se culpadas, os filhos não sabem que modelo seguir na idade adulta e vai dali um fenómeno sociológico que dava um tratado e sabem que mais? Não faltam famílias assim no Utah! Viva a liberdade! Do homem, claro!

Gotye

E não me canso de ouvir esta música...

Para memória futura

Eu que não ligo nada a futebol, fiquei presa ao ecrã a ver um jogo, para lá de espetacular, nas meias finais entre Portugal e Espanha. Esteve o-o o jogo todo, mais prolongamento e só nos penaltys é que foi decidido. Portugal perdeu... ohhhhh. Foi pena pois jogou muito bem, pelo menos através dos olhos de uma leiga como eu. Gostei muito, foi muito bonito, mas penso que um feito destes só se irá repetir daqui por muitos anos... estou a referir-me ao facto de ficar sentada a ver um jogo, que isso sim é algo inédito.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

"Quando for grande quero ser carteira, bombeira e pirata!"

Directamente do mundo da I.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ainda em estado necrófilo

é assim que está a autora.
Um dia recebemos a notícia que a P. "se tinha metido pelo mar dentro". Deixou o filho, o marido, a amante do marido. Deixou os sapatos na linha de água e a aliança lá dentro.
Sempre achei essa visão trágica, mas ao mesmo tempo pacífica. O mar a envolver-nos, perder os sentidos e partir. Morrer afogado dói? Sempre achei que não, mas aparentemente estava enganada, parece que dói, é uma morte dolorosa, aflitiva. Dizem os entendidos, porque ninguém voltou para contar. A P. estava farta da vida. A vida doía-lhe mais do que a possibilidade daquela morte e assim decidiu partir.
Nunca me esqueci da P.

De modos que é assim:

"O mundo está mais pacífico, revela o Índice Global da Paz."

Em que parte do mundo??!

É que:

"Damasco usa crianças como escudos humanos."

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Gavetas

O nosso cérebro tem uma gaveta chamada "coisas demasiado dolorosas para serem lembradas".
Contudo, uma fotografia, um cheiro, uma conversa, podem fazer abrir essa gaveta, e, nessa altura é como se as coisas demasiado dolorosas já fossem mais fáceis de suportar e de compreender. Estamos noutro degrau da vida.
A gaveta fica mais arrumada e com lugar para outras coisas...

Quem a viu

e quem a vê! Disse a Maria quando me viu do alto dos meus quinze anos, mulher feita, que em nada denunciava a miúda enfezada, magra e que usou aparelho nas pernas.

A Maria tinha perdido uma filha para a leucemia. Anos mais tarde, num domingo de manhã, telefonam para minha casa, nessa altura  não haviam telemóveis e os telefones fixos existiam porta sim porta não, era do hospital... A Maria perdera a outra filha num acidente.
Do que me lembro desse dia de manhã é de que estava sol, lembro-me de um silêncio anormal de domingo e lembro-me dos gritos da Maria, que se ouviam em minha casa.
Há coisas que ficam gravadas.

Possibility

domingo, 10 de junho de 2012

Esta semana calquei merda duas vezes, sendo que essas vezes foram no mesmo dia. Diz que dá sorte... até ver  está tudo na mesma.

domingo, 20 de maio de 2012

Lost in Translation

Ao rever este filme hoje à tarde, tive a sensação de me ver ao espelho. O não saber o que se é, o que se quer. A vida após os filhos. É tão verdadeiro que choca.

domingo, 6 de maio de 2012

Dia da mãe



O pai sabe o que a mãe gosta e vai daí...

domingo, 18 de março de 2012

Tudo na mesma

Após tanto tempo está tudo na mesma.
Nada do que fiz adiantou, nada do que tenho feito mostra resultados.
Faço um esforço diário para não ir abaixo, mas também não é fácil. Prevejo todos os cenários, partindo sempre do pior para assim não ser apanhada de surpresa... Estou triste.
Amanhã de manhã tudo vai parecer melhor.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Hoje desisti da minha profissão.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Quando sinto a tristeza a instalar-se começo a emudecer, mas continuo a falar na minha cabeça. O silêncio é só para os outros porque na verdade o meu discurso continua, mas para mim mesma e assim não me apercebo que não falo. Quando sinto a tristeza a chegar, sento-me a ver a roupa a lavar dentro da máquina. Fico ali a ver.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Adopção

"Eu não quero mais filhos, ou melhor quero adoptar um de cor". Esta frase é praticamente um cliché, acho que todos já a ouvimos uma vez na vida, seja proferida por colegas, amigos, familiares, ou até escutada num qualquer transporte público. Eu ouvi esta frase por parte de uma colega já com um filho biológico. A minha reacção imediata era perguntar-lhe : " e de que cor queres?", porém o treino sistemático de filtrar o pensamento que sai do meu cérebro até proferir qualquer coisa pela boca está a dar resultados e não disse nada, até porque seria enriquecedor ouvir que outras pérolas essa minha colega teria para dizer. Essa decisão não se prende com qualquer vocação para ser mãe de coração, por querer ser mãe, mas ter qualquer trauma do parto, qualquer afinidade com algum PALOP. Não sei, simplesmente quer adoptar uma criança de cor... E eu já mãe, pensei na adopção.
Ser mãe de coração é aceitar de coração nas mãos uma qualquer criança, de qualquer idade, é despojar de nós mesmas projectos, idealizações e sonhos, é aceitar uma criança com um passado, com os seus traumas a juntar aos nossos. Ser mãe de coração é ver a adopção não como segunda escolha, mas como a escolha. Ser mãe de coração é respeitar os medos, silêncios, fracassos e vitórias de um filho que não tem os nossos olhos, nem mexe no cabelo como o pai. Quando pensei seriamente na adopção, percebi que agora só consigo amar os filhos que saem de dentro de mim e ganhei uma admiração e respeito cada vez maior por quem ama os filhos dos outros como seus.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Tem uns olhos grandes, lindos, pestanudos e castanhos que tudo perguntam. É linda a minha I.