e quem a vê! Disse a Maria quando me viu do alto dos meus quinze anos, mulher feita, que em nada denunciava a miúda enfezada, magra e que usou aparelho nas pernas.
A Maria tinha perdido uma filha para a leucemia. Anos mais tarde, num domingo de manhã, telefonam para minha casa, nessa altura não haviam telemóveis e os telefones fixos existiam porta sim porta não, era do hospital... A Maria perdera a outra filha num acidente.
Do que me lembro desse dia de manhã é de que estava sol, lembro-me de um silêncio anormal de domingo e lembro-me dos gritos da Maria, que se ouviam em minha casa.
Há coisas que ficam gravadas.
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