quarta-feira, 20 de abril de 2011

Aparentemente

sou irmã do Ruca e da Rosita!

Não que hajam parecenças físicas evidentes, pelo contrário, ninguém diria que somos todos irmãos! A minha descoberta partiu hoje ao descobrir que a minhã mãe é a mãe do Ruca! Exactamente, aquela senhora muito calma, que parece que toma xanax todos os dias, nunca se enerva, explica tudo muito calmamente e é perfeita da cabeça aos pés como mãe e dona de casa! A minha mãe é assim! Diz ela que grito muito com a minha filha, que ela tem as vontadinhas todas, que ela é assim por nossa causa, patati patatá. Diz ela que NUNCA gritou connosco, que nós eramos muito mais bem educados!

Tudo muito bonito e verdadeiro. Eu grito mais vezes do que as aceitáveis, eu dou-lhe umas surras naquele rabo, eu digo "olha que digo ao teu pai!" Eu sou uma nulidade como mãe, chamem a CPCJ já!

O que me irrita não é a veracidade daquilo que faço como mãe e educadora da minha filha. Ela aos dois anos quase três, filha única e eu mãe única, estamos as duas a aprender. Reconheço que é mais difícil do que parece e assumo que nunca mais faço juízos de valor relativamente aos filhos dos outros. A expressãp "se fosses minha filha" foi oficialmente banida do dicionário! O que me irrita é a ausência de memória da minha mãe no que respeita a recordações antigas, daquelas que nós não nos esquecemos porque fomos nós que apanhamos aqueler merecido tabefe, aquele merecido ralhete. Irrita-me este hiato de tempo em que a nossa infância está rodeada de borboletas e passarinhos a cantar. Assim sendo e tendo em conta que não fiquei muito traumatizada, vou continuar a fazer o que sei como posso, estando aberta a sugestões, mas sempre com a luz ao fundo do túnel sabendo que ela não vai ficar com traumas nem me vai odiar.

Já agora se me falhar a memória daqui por uns anos, façam o favor de me mostrar isto!

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