terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A década que aí vem

Ontem vi uma reportagem na SIC sobre desejos e propostas para a nova década. Foram pedidos a 10 portugueses que apresentassem um desejo ou proposta para o nosso país. Pessoas ligadas às mais diversas áreas desde um taxista a um investigador, uma pescadora a um professor universitário. Pelo meio, um Filósofo ia comentando os desejos dessas pessoas. Todos tinham desejos para si, para o país, para o seu sucesso profissional e propostas que passassem por um maior desenvolvimento e organização dentro da sua área de trabalho.
No fim, o filósofo concluiu que nada foi referido no âmbito da tecnologia, mas sim o factor humano. Desejou-se uma maior entrega, maior entre-ajuda e maior organização no sistema em que se insere a sua área de trabalho.
Ao ver essa reportagem não pude deixar de concordar e sentir que de facto apesar de toda a proximidade que a tecnologia nos trouxe, estamos mais distantes. Os laços estão mais fracos, tudo se despacha com uma sms (desde os pêsames até aos votos de Feliz Natal)...
As pessoas têm uma séria dificuldade em fazer elogios. Não todas as pessoas, algumas... por vezes aquelas que queriamos que fizessem e não o fazem.
Para além da dificuldade em fazer elogios também têm alguma dificuldade em partilhar momentos dificeis, em telefonar em dizer que estão connosco. Não todas as pessoas, algumas, por vezes as que menos nos dizem são as que surgem do nada e estão lá para nós.
"Não sabia o que te havia de dizer" é uma frase que todos já ouvimos, já sentimos, mas na verdade não queremos ouvir nada, bastava saber que essa pessoa se preocupou e dedicou-se a nós.
Para a próxima década, espero que a proximidade entre as pessoas seja mais real e menos virtual.

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