quinta-feira, 30 de julho de 2009

Todas as Cores

Quantos de nós, que vivemos relações longas, quando vemos casalinhos de mão dada, colados através da saliva, não dizemos “espera mais uns meses que isso passa”? Tem que passar, pois era incomportável viver em estado de permanente paixão, a saúde iria ressentir (dizem os estudiosos, não acreditam? Leiam a Máxima ignorantes).
Ora quando passa, das duas uma, ou acabando a paixão acaba tudo e vai cada qual à sua vidinha, ou implementa-se um sentimento mais calmo, mais forte que é o tão aclamado Amor.
O Amor pode chegar, assim de mansinho, sem que nos apercebamos que está mesmo ao nosso lado. Pode ficar muito tempo, pode ficar pouco tempo. Pode ir embora sem aviso, pode ficar mas não ser assim muito bom.
Podemos pensar que ele estava lá, era algo parecido, mas não era ele. Podemos chamar por ele sem que ele venha, podemos rejeitá-lo para todo o sempre, que ele volta.
O Amor pode dar-nos cabo da vida.
Pode aparecer sob várias formas. Pode ser correspondido, pode ser ilimitado, pode ser verdadeiro. O Amor pode iluminar-nos a vida.
Podemos viver uma relação longa com amor, que se pode desvanecer aos poucos sem que soe qualquer alarme e nos alerte para isso. Quando olhamos para a pessoa que está ao nosso lado não sabemos o que estamos ali a fazer. Quem és tu?
Basta-nos dizer adeus, crescer, aprender e avançar. Quando menos esperamos o coração enche-se, mas fica mais leve, não esperamos nada, não estamos presos, vivemos ao sabor das cores e somos melhores pessoas.
Parabéns amiga, pelo teu coração cheio de cor.

(Este texto é pura ficção, qualquer semelhança com alguma realidade é pura coincidência)

1 comentário:

Isabel Costa disse...

Emocionei-me, terrivelmente verdadeiro, mas agora, com toda as cores, absolutamente libertador! IC